Roma (Itália). Por ocasião dos 140 anos de chegada das primeiras Filhas de Maria Auxiliadora na Argentina foi publicado o comentário, em língua espanhola, das Cartas de Madre Mazzarello “Con el sello del Espíritu” de Ana Maria Fernández, Edições Dom Bosco Argentina (EDBA), Cidade Autônoma de Buenos Aires, 2019.

O volume, publicado em língua italiana em 2006, está atualizado e traduzido pela própria autora.

Fruto de uma cuidadosa busca históricoespiritual de Ir. Ana Maria Fernández FMA, apresenta as Cartas de Santa Maria Domingas Mazzarello primeiramente no contexto histórico, redacional, literário e depois uma leitura teológica, espiritual e pedagógica que valoriza esta fonte como expressão privilegiada da missão carismática da Madre para com suas filhas.

Estas páginas iluminam a fase histórica dos primeiros anos da fundação do Instituto das FMA, mas de modo particular lançam luz na experiência da maternidade espiritual de Maria Domingas Mazzarello.

São páginas de documentação pontual e meticulosa sobre o valor desses escritos, os únicos autógrafos da Madre, que revelam a progressiva consciência de sua missão carismática no incipiente Instituto fundado por Dom Bosco para a educação da mulher.

Madre Mazzarello não pôde ir pessoalmente visitar as missionárias na América, como teria desejado, mas foi com suas cartas, com as quais as acompanhou na inculturação do carisma no “novo mundo”.

As cartas revelam portanto a consciência de um progressivo sentido de maternidade e de ser filha, de “sororidade” e de relação recíproca na mesma vocação e na comum missão educativa.

Além disso, delineam aspectos fundamentais do carisma como a centralidade de Cristo, o relacionamento com Maria e o perfil mariano do Instituto, a dimensão contamplativa da vida, a simplicidade e a beleza de uma comunidade sempre mais ampla, unida por laços de sincera caridade e aberta ao mundo, o ardor missionário que faz superar toda dificuldade pela alegria de anunciar o Evangelho.

Ir. Ana Maria, mediante sua cuidadosa busca, nos permite redescobrir o rosto de uma mãe, de uma educadora, de uma mestra de vida através da vida. As cartas, como escrevia o Card. Gabriel-Marie Garrone na apresentação da primeira edição do Epistolário de Sta. Maria Mazzarello, «são como entrar improvisamente no santuário íntimo de uma pessoa, que a leitura de uma biografia deixa entrever sem tornar possível o acesso».

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