Maria Domingas Mazzarello

Santa Maria Domingas Mazzarello nasce em 9 de maio de 1837 em Mornese (Itália). Cofundadora, juntamente com Dom Bosco, do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Beatificada em 20 de novembro de 1938; Canonizada em 24 de junho de 1951. 

Maria Domingas nasceu em uma numerosa família de camponeses. Dota de força física não comum, desde menina trabalha nos campos com o pai Giuseppe. É formada na família em um profundo sentido de Deus, a uma laboriosidade incansável e àquele acentuado senso prático e profundidade de juizo que manifestou em seguida, também como Superiora. Em 1855 inscreveu-se na Associação das Filhas da Imaculada cultivando uma profunda espiritualidade apostólica. 

Em 1860 também a aldeia de Mornese é atingida pelo tifo. Seu confessor, Pe.Domingos Pestarino, sugere que ela vá cuidar de alguns parentes necessitados de assistência. Maria aceita, mesmo sabendo que podia ser contagiada, e o foi de fato.  Recuperada a saúde sente-se constrangida a deixar o trabalho agrícola, não só pela perda da força física da qual gozou antes, mas também porque surge nela uma clara intuição que considera um chamado de Deus. Dedica-se assim à educação das meninas da aldeia abrindo uma oficina de costura, um oratório festivo e depois uma casa para crianças sem família. Envolve a amiga Petronilla em seu projeto e aprende a profissão de costureira para ensinar as meninas pobres não só a costurar, mas especialmente a conhecer e amar a Deus. Em seguida, em uma misteriosa visão, vê um grande edifício com muitas meninas que correm no pátio, e ouve uma voz: “A você as confio”.

Acolhe então a primeira orfãzinha das quais passa a cuidar com ternura de mãe, ajudada nesta missão por algumas outras jovens pertencentes, como ela, às Filhas da Imaculada.
Em 1864 Dom Bosco vem de Turim a Mornese, com seus jovens em um passeio de outono e, encontrando Pe.Pestarino que se tornara Salesiano no ano anterior, fala-lhe da exigência de colaborar em seu desejo de abrir um colégio para os meninos da aldeia e arredores. Nessa ocasião Maria Domingas percebe que está se encontrando com um santo e diz: Dom Bosco é um santo, e eu o sinto”.
O Papa Pio IX encoraja Dom Bosco, que há anos cultiva no coração o projeto de fundar um Instituto feminino, e decidir de fazer para as meninas o que ele está realizando para os meninos. Com a sábia colaboração de Pe.Pestarino, escolhe entre as Filhas da Imaculada as primeiras pedras fundamentais do futuro Instituto. Elas habitaráo no colégio apenas consruido em Mornese, que se torna a casa da nova fundação.

No dia 5 de agosto de 1872 as primeira onze jovens emitem a profissão religiosa nas mãos do Bispo de Acqui, Dom Giuseppe Sciandra, na presença de Dom Bosco.  O Instituto chamado Filhas de Maria Auxiliadora cresce rapidamente e Ir. Maria Mazzarello como Superiora se demonstra hábil formadora e mestra de vida espiritual. Entre ela e Dom Bosco há uma sintonia profunda em nível carismático; Maria Domingas tem uma acentuada capacidade educativa, o dom da alegria serena e tranquilizanate, e a arte de envolver outras jovens no compromisso de se dedicarem à promoção da mulher para que possa ser na familia, na Igreja e na sociedade boa cristã e honesta cidadã.
Em 1877, compartilhando o ardor missionário dos irmãos Salesianos, as primeiras FMA partem para as missões e fundam a primeira comunidade no Uruguai, à qual se seguirão as casas da Argentina, depois de um ano.

Ir. Maria Domingas, atingida aos 44 anos por uma forma grave de pleurite, morre no dia 14 de maio de 1881 em Nizza Monferrato para onde foi transferida a primeira comunidade das FMA dois anos antes. A partir de então se chamará Casa Mãe.
Para suas Filhas deixa uma tradição educacional toda permeada de valores evengélicos: a busca de Deus conhecido através de uma catequese iluminada, de amor ardente a Jesus Eucaristia e de confiança filial em Maria Auxiliadora, de responsabilidade no trabalho, de abertura, humildade e alegria, de sobriedade de vida e total doação de si na busca do verdadeiro bem das meninas, especialmente pobres e necessitadas, seja na pátria ou nos vários países de missão.

Cartas de Madre Mazzarello

Madres Gerais Instituto FMA