Roma (Itália).  A data de 17 de fevereiro de 1872 recorda uma circunstância importante no caminho para a Fundação do Instituto das FMA, de que em 5 de agosto acontece o 150° aniversário. A Irmã Piera Cavaglià, Secretária Geral emérita, retira a história de uma fonte manuscrita do Pe. Domingos Pestarino.

Naquele ano (1872) o encontro anual dos Diretores Salesianos não pôde ser realizado na festa de São Francisco de Sales em Turim, porque Dom Bosco ainda estava doente em Varazze, na província de Savona, Ligúria.  Voltou a Valdocco no dia 15 de fevereiro e no dia 17 convocou todos os diretores das comunidades salesianas.

Entre estes estava também o Diretor da Casa de Mornese (AL).  Depois, pela primeira vez, o Pe. Domingos Pestarino apresentou a Dom Bosco, aos Reitores e a todos os confrades da casa de Valdocco um “memorando” sobre o futuro Instituto das FMA.

Pe. Pestarino, com sua característica meticulosa precisão, registra o encontro com Dom Bosco em junho de 1871. Dom Bosco “em conferência privada” havia expressado sua vontade de fundar um Instituto religioso feminino “para a educação cristã das meninas do povo e declarou que Mornese seria o lugar que conhecia mais adequado para tal Instituto pela salubridade do ar e pelo espírito religioso que ali reina”.  Além disso, viu com esperança o grupo das Filhas da Imaculada, do qual foi possível escolher aquelas que estavam dispostas a iniciar o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.

Nesse relatório o Pe. Pestarino especificou o seguinte:

“É preciso observar que duas das Filhas da Imaculada, Mazzarello Maria de Giuseppe e Petronilla, com o consentimento do Pe. Pestarino e, sem nada prever da ideia de Dom Bosco, há 4 ou 5 anos começaram a viver em comum; a estas uniram-se, pouco a pouco, Teresa Pampuro, Catterina Mazzarello, Felicina Mazzarello, Giovannina Ferrettino, e as jovens Rosina Mazzarello (Baroni), Maria Grosso, Corinna Arrigotti”.

Estas jovens mornesinas e algumas meninas, acolhidas na Comunidade como educandas, tornaram-se todas Filhas de Maria Auxiliadora. 

Dom Pestarino contou ainda que Dom Bosco concluiu aquele encontro com estas palavras: “Virei a Mornese e  assinaremos juntos a grande promessa de viver e morrer trabalhando para o Senhor sob o belo nome de Maria Auxiliadora” (Cronistória I 281).

Naquele dia, Dom Pestarino voltou de Turim a Mornese com um presente para as Filhas da Imaculada: adquiriu para elas uma bela imagem de Maria Auxiliadora.  Madre Petronilla a recordava bem: media cerca de um metro de altura, era belíssima e representava Nossa Senhora com o Menino Jesus.  A imagem, sem muita publicidade, dado o clima de tensão que se criara naquele período com os mornesinos, foi colocada na Capela do Colégio em construção e foi para todas um sinal de alegria e confiança (Cf Cronistória I 280- 281). Dom Costamagna, antes da primeira expedição das FMA à América (14 de Novembro de 1877), confiou-a aos missionários em memória de Mornese. Hoje é conservado no “Salão da Memória” da Casa Maria Auxiliadora de Almagro, Buenos Aires, da Inspectoría argentina São Francisco de Sales (ABA).

Maria Auxiliadora já estava lá, na primeira futura casa do Instituto, para esperar as suas filhas.  Ela abriu o caminho e aplainou toda dificuldade! 

3 COMENTÁRIOS

  1. Grazie infinite per la ricchezza donata sempre ma soprattutto in questa fase del 150° del nostro stupendo Istituto. Maria SS. Ausiliatrice, Don Bosco, Madre Mazzarello vi sostenga sempre e vi dia la forza di continuare a farci dono di tante ricchezze.

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